Entrevista do Co-Piloto do Avião que levava a família de Luciano Huck

Foram 5 minutos do início ao fim, diz copiloto do avião que levava Huck

Copiloto aguarda liberação médica para voltar a voar (Foto: Juliene Katayama/G1 MS)
Copiloto aguarda liberação médica para voltar a voar (Foto: Juliene Katayama/G1 MS


Piloto há 10 anos, José Flávio de Sousa Zanatto estava na função de copiloto na aeronave que transportava a família de Luciano Huck e Angélica no domingo (24). Segundo ele, que teve ferimentos leves no incidente, foram 5 minutos de tensão até o fim do pouso forçado. “Foram mais ou menos cinco minutos do início ao fim”, disse Zanatto. O casal de apresentadores, os três filhos deles e duas babás estavam sendo transportados de uma fazenda em Miranda (MS) para Campo Grande.

O avião apresentou a pane quando chegavam à capital-sul-mato-grossense. Segundo o copiloto, o primeiro sinal de que algo estava fora do normal foi quando o painel mostrou acesa a luz de advertência do filtro da bomba de combustível. Depois, o painel alertou sobre a bomba e, em seguida, sobre a pressão de combustível. “A bomba injeta combustível para os motores.

O problema causou o desligamento do primeiro motor e a queda de potência do segundo", explica Zanatto. "Os 10 primeiros segundos foram os mais tensos porque é quando tomamos a decisão”, conta o piloto. Zanatto não soube informar sobre os dados técnicos da aeronave como ano de fabricação e periodicidade da manutenção.

A empresa MS Táxi Aéreo, proprietária do avião, informou que vai prestar informações sobre a aeronave na terça-feira (26), por meio de nota oficial. De acordo com o copiloto, o problema mecânico foi percebido por todos quando o motor desligou e o avião começou a perder altitude. “Estava perdendo altitude dentro dos padrões depois que o segundo motor perdeu potência, aí a queda foi mais rápida”, explicou.

Neste momento, Zanatto disse que ele e o piloto orientaram os passageiros a ficarem sentados e com os cintos afivelados. “Pedimos para eles ficarem calmos", lembra. Quando a queda ficou mais acentuada, o piloto Osmar Franttini, de 52 anos, e ele procuraram uma área onde pudessem pousar. “Começamos a procurar uma área no nosso campo de visão e achamos o campo aberto, sem obstáculos e sem gado”, pontuou. “Estávamos entre 150 e 160km/h na hora que tocamos o solo”, calcula o copiloto.

Apesar do susto e dos ferimentos, Zanatto aguarda apenas a recuperação da saúde para voltar a voar. “Vai depender da recuperação. “Estou com muita dor no corpo porque no retorno bati as costas”, explica. Depois de conseguiram pousar, o copiloto logo avisou a mulher por telefone. Nesta segunda-feira (25), um dia depois do acidente, Zanatto afirmou que a companheira está dando apoio. “Ela só me pergunta se estou bem.

Em nenhum momento me disse para parar”, relata. Como foi o acidente O casal, os filhos e as babás estavam no avião que fez pouso forçado em uma fazenda a cerca de 30 km de Campo Grande na manhã deste domingo (24). O piloto afirmou que a aeronave sofreu uma falha na bomba de combustível. A Santa Casa de Campo Grande informou em nota, divulgada por volta das 15h do domingo, que não foi "diagnosticado nada grave" em nenhum dos pacientes atendidos após o incidente.

Na noite de domingo, a família foi transferida para o Hospital Albert Einstein, no bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Na mesma noite, as crianças e as babás tiveram alta. O casal ainda está se recuperando na unidade de saúde.

Fonte: G1